Seminário Justiça Socioambiental e Desenvolvimento - junho 2010

Serviço:
16 a 18 de Junho de 2010
Hotel 7 Colinas, Olinda, Pernambuco
Vagas limitadas
Contatos:
SOS CORPO (81) 3087.2086
AMB (84) 94121692


Contribuir para o balanço de políticas públicas no Governo Lula, avaliando os projetos de desenvolvimento em curso, é o objetivo do Seminário Justiça Socioambiental & Desenvolvimento - reflexões a partir do feminismo anti-racista, a ser realizado de 16 a 18 deste mês, em Olinda, Pernambuco. A promoção é do SOS CORPO - Instituto Feminista para a Democracia, em parceria com a Articulação de Mulheres Brasileiras.

O seminário é parte de um processo de elaboração coletiva do movimento feminista sobre as lutas socioambientais e será uma oportunidade para fazer um balanço de como os projetos de desenvolvimento implantados no Brasil têm impactado no meio ambiente e nas populações, com foco nas desigualdades de gênero e raça.

Programação

Dia 16
9h - abertura
10h - Painel 1 - Projetos de Desenvolvimento e condições de vida das mulheres e população negra
14h - Painel 2 - Projetos de Desenvolvimento e fundos públicos

Dia 17
9h- Painel 3 - Água, terra e produção - soluções governamentais e alternativas dos Movimentos Sociais
10h30 - Exibição do vídeo Sebastianas e lançamentos: do Livro Mulheres, Trabalho e Justiça Socioambiental e do programa de rádio Trabalho e Justiça Socioambiental
14h - Debate - Feminismo, anti-racismo e Justiça socioambiental: construindo referências teórico-políticas comuns

Dia 18
9h - Plenária - Articulação de lutas das mulheres por justiça socioambiental - construção da frente de luta da AMB
16h - Encerramento

Informações:
No SOS CORPO - Vera Guedes e Rivane Arantes: fone (81) 3087.2086
Na AMB - Elizabeth Ferreira Cruz: fone (84) 94121692


SOS Corpo lança a publicação Mulheres, Trabalho e Justiça Sociambiental

O livro sistematiza as reflexões e debates que ocorreram durante o Seminário Latinoamericano Mulheres, Trabalho e Justiça Socioambiental, realizado pelo SOS Corpo e pela Articulação de Mulheres Brasileiras, em outubro de 2009.


Como parte do esforço feminista de afirmar a existência de várias ordens de desigualdades que marcam a vida das mulheres, o SOS CORPO, ao longo dos anos, vem apoiando os movimentos de mulheres rurais e o movimento agroecológico. É nesse encontro e diálogo que vem buscando alternativas sobre outros modos de vida possíveis e outras relações de produção baseadas em novas relações entre homens e mulheres, e entre esses/essas com a natureza.

Nesse contexto, o SOS Corpo e a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) realizaram, em 2009, no Recife, o Seminário Latinoamericano Mulheres, Trabalho e Justiça Socioambiental. O encontro problematizou a realidade de desigualdades impostas por um modelo de desenvolvimento explorador e mercantilizador de tudo e de todos/as, e que causa impactos e danos na vida das mulheres e no meio ambiente.

A partir dos debates e dos temas do Seminário, o SOS Corpo produziu e agora lança sua mais nova publicação: Mulheres, Trabalho e Justiça Socioambiental. A organização do livro foi feita pelas educadoras da organização Rivane Arantes e Vera Guedes.

A publicação reúne um conjunto de artigos e é divida em duas partes. Na Parte I, intitulada “Acrescentando um ponto... reflexões a partir das mulheres”, a autora Juliana Malerba situa a luta por justiça socioambiental na agenda feminista como forma de visibilizar alternativas e fortalecer resistências. Malerba é integrante da Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA). Já a coordenadora geral do SOS Corpo, Betânia Ávila, em artigo, trata do tema “Mulher e Natureza: dos sentidos da dominação no capitalismo e no sistema patriarcal”.

A Parte II, “Pensando a partir do vivido... mulheres em resistência”, abrange o debate sobre a problemática da água no mundo, no artigo de Elizabeth Ferreira Cruz. Ela, que integra a Secretaria Executiva e a Coordenação Nacional da AMB, expõe a defesa da água como direito humano e os desafios para a luta feminista por justiça socioambiental. A polêmica da transposição do Rio São Francisco e o que a mídia não conta sobre esse tema são abordados no artigo de Regina Lúcia Feitosa Dias, integrante da Frente Cearense por uma Nova Cultura de Água e Contra a Transposição do Rio São Francisco. A autora apresenta o projeto de transposição e aponta outras alternativas viáveis para os povos do semiárido.

As lutas em torno dos conflitos ambientais a partir do olhar das mulheres e do trabalho são focos do artigo da educadora do SOS Corpo, Carmen Silva. Ela sistematizou os debates, as falas e depoimentos do Seminário e aponta no texto a emergência de olharmos a crise ambiental a partir dos vários sujeitos políticos que estão construindo as alternativas de transformação social.

A partir da reflexão sobre o trabalho, a publicação Mulheres, Trabalho e Justiça Socioambiental apresenta questões na perspectiva do feminismo para superar a realidade de injustiças socioambientais enfrentadas pelo Planeta, como as crises energética, de abastecimento de água e climática. Diante do fracasso da 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em 2009 em Copenhagem, e as consequências desse modelo nas vidas das mulheres, o livro nos remete à necessidade urgente de encontrarmos alternativas para efetivar a justiça socioambiental na vida de todas e todos.

LANÇAMENTO – Esta publicação será lançada durante o Seminário Nacional “Justiça socioambiental e desenvolvimento: reflexões a partir do feminismo anti-racista, que o SOS Corpo e a AMB realizarão de 16 a 18 de junho, no Hotel Sete Colinas, em Olinda/PE.